Eu disse que só iria contar como foi o show inesquecível se eu estivesse bem, mas não estava. Ônibus, metrô, táxi e cheguei. Era longe, sério. "Por favor, a carteirinha de estudante", diz o segurança. Em seguida "Essa aqui não é você, olha a diferença". Nessa hora eu confesso que quase choro com medo dele não deixar eu entrar para ver Maria. Depois de uma risadinha desconfiada: "Por ali, por favor" Ufa, o coração estava saltando pela boca já. Boteco lo-ta-do, os bares cheios, muita Bohemia como em nenhum outro lugar, muita gente bacana, e todos nos seus lugares porque Fabiana Cozza já iria entrar. Eu estava longe, aliás, muito longe mesmo. Fui para o palco interno, que era onde Maria Rita iria cantar e fazer seu show lindo. Encontro de amigos e gente querida. A grade ainda estava vazia. Mais uma voltinha pelo Boteco e foi o suficiente para eu perceber que teria que ficar na grade ali, segurando meu lugar, bem de frente com a Diva, pois as pessoas já haviam de estar ali, umas seis pessoas, mas, já estava começando a fechar a grade. Então está certo, 19h00m encostei e dali eu não saia nem por decreto. A música rolava, muito boas por sinal, a galera dançando, sacudindo e sambando. Buscava uma cerveja, voltava e esperava as horas passarem até a entrada de Maria. Mais gente querida chegava, e tomava conta já de todo o espaço. A notícia de que ela iria atrasar em torno de meia à uma hora foi ruim, mas, valia a pena. Restava aguardar e roer unhas, muitas unhas. Cada vez ficava mais apertado, empurra empurra e nada de Maria. Espera, bate-papo, bebe, banheiro, samba, ri e dá 23h00m. É anunciada, bem ali no cantinho do palco já dava para ver a Diva, de vestidinho verde, cachos soltos, toda linda. E ainda no canto do palco, o "samba meu" começa a surgir. 'O meu samba, vai curar teu abandono'... Sobem arrepios, sorriso e muita emoção. O olhar fixa-se nela, e vai seguindo, na medida em que ela toma conta do palco. Começou a alegria, a agitação, o samba e a ternura. As músicas rolam, ela chega bem perto, é lindo. Aproxima-se, arregala os olhos e olhando para mim canta um trecho de 'Cria': "já fala mãe, já fala pai, já não suja na cama, não quer mais chupeta, já come feijão". Quanta alegria, pernas bambas. Em 'Corpitcho' aponta para as Seres, elas vibram, é lindo. Maria dança, canta, vibra. Volta para o lado onde eu estava e aponta. O final do show aproxima-se, ela sai e toda aquela multidão começa 'Vem, vem Maria vem'. Ela volta junto com 'Não deixe o samba morrer'. A galera canta com muito entusiasmo. O bis com 'O homem falou' e 'Cara Valente' marcam o fim de uma noite MA-RA-VI-LHO-SA. O fim de mais um show emocionante com muita gente querida e amiga. Obrigada Maria Rita por proporcionar tanta alegria e obrigada a todos que estavam presentes nesse dia lindo lindo que foi sábado (07/11). Até o dia 27/11. Beijos..
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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